Projeto Intitucional
Qual o contexto educacional da região onde o projeto será desenvolvido?
A organização do ensino tem sofrido nos últimos anos inúmeras transformações. Na última década (2001-2010), o crescimento do acesso ao ensino superior no Brasil foi de 110,1%. Os dados são do Censo da Educação Superior 2010, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), que mostram também que, de 2009 a 2010, o número de brasileiros que buscam fazer um curso de graduação aumentou 7,1%. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a participação percentual no número de matrículas de 2001 a 2010 cresceu. O Brasil tinha em 2010, 6.379.299 matrículas em 29.507 cursos de graduação presenciais e a distância, oferecidos por 2.377 IES. O aumento de matrículas na graduação pode ser decorrente da maior oferta de cursos a distância e tecnológicos, sendo que os primeiros atingiram 14,6% do total de matrículas no Brasil. Atualmente, temos 59 universidades federais, com previsão para 2014 de termos mais 63, com 321 campus distribuídos em 272 municípios. A Paraíba foi um dos principais estados do nordeste que mais cresceu com processo de expansão das IES. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), desde a sua criação e de seu processo expansão vem oportunizando diversos cursos superiores e provendo o mercado de trabalho com profissionais nas diversas áreas, com o objetivo de minimizar as estatísticas de desigualdades nacionais. Apesar da quantidade de investimento por órgãos governamentais o nosso IDH encontra-se na quinta posição mais baixa no ranking (PNUD, Atlas Brasil 2013). A inserção de programas como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, em nossa região só vem a fomentar os esforços de investimentos do governo federal garantindo assim a efetividade das ações e a manutenção de profissionais através da fixação dos educandos durante seu processo formativo nas licenciaturas. Neste cenário, a UFCG coaduna seus interesses com a CAPES, através do PIBID. É importante destacar que este programa já vem desenvolvendo suas atividades de formação docente desde 2007. Hoje temos alunos demandados nos cursos de licenciaturas provenientes de resultados do trabalho continuado do PIBID, traduzindo-se em baixas de trancamentos/desistência, aumento no número matrículas, desenvolvimento de monografias de graduação na temática das ações do PIBID, e aumento do número de graduado nas Licenciaturas. Com esses resultados temos no PIBID alunos aprovados em concursos públicos na rede básica de ensino ministrando disciplinas nas suas áreas de formação. Apesar dos bons resultados alcançados, é extremamente importante dar continuidade na implementação de novos projetos e na consolidação dos subprojetos existentes. Entendemos que a continuidade da parceria PIBID & UFCG, tenderá ao fortalecimento da formação inicial e continuada, através do diálogo universidade-escola em uma região que sempre sofreu com problemas dos mais diversos possíveis, mas o mais sério desses, sempre foi a falta de professores qualificados.
Quais as ações/estratégias para inserção dos bolsistas nas escolas?
A Universidade Federal de Campina Grande apresenta o projeto institucional em atendimento ao Edital 061/2013/CAPES no âmbito do Programa de Incentivo a Bolsas de Iniciação à Docência/CAPES, atendendo às dimensões do Art. 6º referente à PORTARIA CAPES Nº 96/2013 de 18 de julho de 2013. A proposta aqui apresentada contempla a implementação de subprojetos nas áreas e municípios de: Campina Grande (Ciências Sociais, Letras - Português, História, Geografia, Filosofia, Pedagogia, Física Matemática e Musica); Cajazeiras (Letras - Português, Letras - Inglês, Pedagogia, História, Geografia, Biologia, Física, Matemática e Química); Cuité (Biologia, Física, Matemática, Química, e um subprojeto interdisciplinar na área de Biologia); Patos (Biologia), e Sumé (Ciências Sociais). A concepção desse projeto tem como elemento norteador a valorização da experiência em projetos anteriores desenvolvidos desde de 2007 na UFCG. Esse é um trabalho coletivo e solidário de todos os coordenadores e ex coordenadores do PIBID/UFCG, fruto da observação de ações anteriores, em sintonia com os diálogos entre as equipes de supervisores, bolsistas e dirigentes de Estabelecimentos de Ensino. Nossa proposta pode ser justificada pelo modelo de gestão que vem sendo desenvolvido na UFCG em consonância com as orientações do MEC. A estrutura multicampi sugerida pelo REUNI aponta a necessidade de consolidação dos cursos de licenciaturas no processo de formação inicial e formação continuada na discussão entre universidade - escola. A despeito dessa formação docente o estado da Paraíba necessita de cursos de Licenciaturas fortalecidos com inclusão de práticas pedagógicas afinadas às exigências atuais (em particular o ensino para competências, preconizado pelos parâmetros curriculares, orientações curriculares e pelos diversos mecanismos de avaliação adotados pelo INEP para o ensino fundamental e médio). Em primeiro momento, foi realizado um estudo prévio junto a Pró-Reitoria de Ensino, do número de alunos matriculados nos cursos de graduação que participarão do processo seletivo nos subprojetos propostos. O critério adotado e discutido com as equipes foram os seguintes: cursos de licenciatura que apresentem número de alunos abaixo de 200 matriculados seriam padronizados em 14 bolsistas de graduação, 02 supervisores e 01 coordenador de área. Número de bolsistas por subprojetos. Cursos que apresentavam número de alunos matriculados acima de 200 poderão apresentar na nova proposta, 28 alunos de graduação, 04 supervisores e 02 coordenadores de área. Após o estudo da relação estudantes matriculados/ número de bolsistas, a próxima etapa foi expandir o diálogo com outras escolas a serem inseridas no Projeto Institucional. Sabemos que o PIBID apresenta resultados importantes, o que vem viabilizando a pactuação com as escolas da região, as quais se mostram colaborativas na inserção dos alunos bolsistas para execução das ações. De um modo geral, nos deparamos com problemas de formação de professores, de estrutura, de organização, de natureza curricular, questões sobre o livro didático, uso do espaço escolar (laboratórios didáticos e de informática), salas de leituras. Mesmo hoje sabendo que tais problemáticas são desafios diários do PIBID que já vem desenvolvendo suas ações nestas escolas, faz-se necessário ainda o acompanhamento e fortalecimento destas intervenções, o que nos obriga a articular nossas ações em cima de Planejamento; Execução; Controle; e Avaliação/ Encerramento. Ações de Planejamento: Iniciação das atividades: fornecer diretrizes para a seleção dos bolsistas; reuniões (com supervisores das escolas conveniadas, de apresentação com os bolsistas e supervisores); apoio na formação das equipes de trabalho, voltada para a preparação e treinamento dos bolsistas e supervisores; formação da equipe integrante dos Subprojetos; coordenação das apresentações dos Subprojetos nas escolas conveniadas, inserção dos alunos bolsistas no espaço escolar. Diagnose da comunidade escolar. Planejamento dos novos espaços formativos. Conhecimento e reflexão crítica do Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas. Articulação do grupo PIBID, escola e comunidade. Planejamento do aprendizado através de projetos. Planejar o trabalho dos coordenadores de área e supervisores.